domingo, 25 de maio de 2014


Renda-se!!!




“…. Tu me ensina a fazer renda
que eu te ensino a namorar…”




Foi Catarina de Médici que introduziu o uso da renda na corte francesa. Isso causou um consumo exagerado e desenfreado, o que fez com que os cofres franceses fossem praticamente esvaziados devido aos custos de importação. Foi promulgado um decreto pelo rei da frança, que proibia o uso da renda, tamanho foi o caos.

A renda é um tecido com padrão de orifícios e desenhos feitos à mão ou à máquina. Os tipos mais comuns são a renda de bilros e a renda de agulha. A renda de bilros é criada pela manipulação de numerosos fios, cada um deles presos a um bilro, sendo em geral trabalhada sobre uma almofada.

A de agulha é confeccionada dando-se laçadas com o fio (estando uma extremidade presa a uma agulha e outra presa a uma base) em pontos simples ou complexos, o que resulta num padrão ou desenho preestabelecido. Acredita-se que renda de bilros seja originária de Flandres (região belga) e a de agulha, da Itália.

No Brasil a renda de bilros foi trazida pelos portugueses e durante muito tempo foi a ocupação de freiras nos conventos. Elas teciam alfaias para os altares das igrejas. Tanto no Brasil como em Portugal, atualmente a renda de bilro é feita por mulheres de pescadores em geral. Esse fator é associado à chegada das rendas pelos litorais.

Nos séculos XVIII e XIX, os centros de produção de rendas de bilros eram Chantilly e Valencienses, cada um com desenhos próprios. Alençon, Argentan e Veneza são centros associados à renda de agulha. De início, o uso das rendas restringia-se aos mantos do clero e da realeza, geralmente sob a forma de passamanaria dourada ou prateada. Nos séculos XVII e XVIII, a renda já era usada em adornos de cabeça, babados, aventais e enfeites de vestidos. No início do século XIX, era muito empregada em vestidos; vestidos de chá; véus; casaquinhos; luvas; e os adornos de guarda-sóis e regalos, bertas, fichus, lenços e xales também foram feitos de renda.

A partir do século XIX, a renda perdeu espaço entre a moda das ruas, mas, mesmo assim, não saiu das vitrines e sempre esteve presente em lingeries e vestidos para ocasiões especiais, como o casamento.

Além disso, a tendência para os anos de 2014 e 2015 é o fortalecimento da renda não só em vestidos de noiva, mas também para o dia a dia! Ou seja, ela está com tudo! O ar clássico e delicado da renda ajuda a construir o visual “princesa” nas noivas. Além de bela, a renda faz milagres como disfarçar gordurinhas e transformar um vestido simples em algo requintado!

Renda para vestido de noiva

Provavelmente você já sabia que há vários tipos de renda. Mas e de seus exatos nomes você tem conhecimento?

Pois então, se você procura por rendas de um estilo que você viu por aí, mas que não tem nem ideia do nome, nem de como descrevê-lo para as vendedoras, então esta imagem pode lhe ser útil: 

Perceba que as rendas podem ter fundo aberto (vazado) ou fechado (tule fino transparente que carrega os desenhos). 



Vestido de noiva com Renda Francesa

Renda francesa pode se referir a vários estilos de renda, as quais levam tal nome em razão de sua origem. O diferencial do vestido de noiva de renda francesa é que seu bordado é todo feito a mão, não na máquina, ou seja, trata-se de um verdadeiro artesanato. Além disso, ela é tradicionalmente feita com materiais nobres, linho ou algodão.


Chantilly: é uma das mais cobiçadas de todas, sua trama é delicada, leve e macia, com ótimo caimento. 




Soutache: é caracterizada pelo contorno dos desenhos, conferindo a eles relevo. É uma renda com menos leveza e caimento que a chantilly. 




Alençon: tem traços mais grossos, desenhos de flores e plantas, e é feita sobre uma tela fina, que serve de fundo para os desenhos. 




Guipure: seu traçado é grosso e encorpado, mas seu fundo é aberto e, por isso, é boa para se fazer acabamentos nas barras, mangas e decotes e boleros. 





Renda Renascença: A renda renascença (battenberg ou renaissance) é aquela cujos desenhos são feitos em traços grossos e interligados por fios. Uma das características que a diferencia de outras rendas é seus padrões variados, ou seja, não se limita a apenas flores e plantas, mas também a figuras geométricas e outros desenhos. Assim como a renda francesa, ela também é tradicionalmente feita a mão. 









Uma boa técnica para reconhecer quando as fibras sintéticas são a maioria é esfregar um pedacinho da renda contra outro dela mesma. A fibra natural não permite a fricção, não escorrega, nem faz barulho; ao contrário do poliéster ou da poliamida.










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