domingo, 28 de junho de 2015

                             

 Sapatos: Segredos  & Curiosidades 

          




Muitos atribuem aos egípcios a arte de curtir couro e fabricar sapatos, porém, existem evidências de que os sapatos foram inventados muito antes, no final do Período Paleolítico.

Existem evidências que a história do sapato começa a partir de 10 mil a.C., ou seja, no final do Paleolítico, pois pinturas desta época, em cavernas na Espanha e no sul da França, fazem referência ao calçado.

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Na Roma Antiga, o calçado indicava a classe social. Os cônsules usavam sapato branco, os senadores sapatos marrons presos por quatro fitas pretas de couro atadas a dois nós, e o calçado tradicional das legiões era a bota de cano curto que descobria os dedos.

No Antigo Egito, os sapatos eram feitos de palha, papiro ou fibra de palmeira. As pessoas os usavam somente quando era necessário, carregando consigo de um lado para outro. E isto, claro, era um benefício apenas dos nobres. Os faraós, inclusive, usavam calçados adornados com ouro.


       
                         

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A padronização da numeração é de origem inglesa. O rei Eduardo I foi quem uniformizou as medidas. A primeira referência conhecida da manufatura do calçado na Inglaterra é de 1642, quando Thomas Pendleton forneceu quatro mil pares de sapatos e 600 pares de botas para o exército. As campanhas militares desta época iniciaram uma demanda substancial por botas e sapatos.

Oficialmente a primeira descrição de um sistema de medidas para os calçados, foi publicada na Inglaterra no século VXII, no ano de 1688. A publicação foi feita no manual The Academy Of Armory And Blazon desta época, onde Randle Holme menciona um acordo entre sapateiros para utilizar um sistema de 1/4 de polegada (0,635 cm) como padrão. Mais de um século depois, uma nova medida foi instituída pelos fabricantes ingleses, que passaram a utilizar 1/3 de polegada (0,846 cm), o equivalente a um grão de cevada, que era justamente a medida decretada pelo Rei Eduardo I, lá no século XIV. Essa medida virou uma unidade métrica chamada "Ponto".


Em meados do século XIX começaram a surgir as máquinas para auxiliar na confecção dos calçados mas, só com a máquina de costura o sapato passou a ser mais acessível.


Utilizados somente como proteção dos pés, com a vinda da corte portuguesa ao Brasil, em 1808, o comércio sofreu um incremento e os costumes europeizaram-se, passado o sapato a fazer parte da moda. Nesta época os escravos eram proibidos de usar sapatos, mas quando conseguiam a liberdade, compravam um par de calçados como símbolo da nova condição social. Como muitos não se acostumavam a usá-lo, viravam objeto de decoração ou de prestígio, carregando-os, orgulhosamente, nos ombros ou nas mãos.




SURGIMENTO DO SALTO ALTO


Há muitos mistérios sobre o surgimento dos saltos altos. Não se sabe exatamente quando surgiram, mas o Egito antigo é considerado o primeiro local como factível para a existência de sapatos que originaria outros futuramente, mais próximos do que hoje consideramos sapatos de salto alto. Pinturas murais de 3500 AC retratam uma versão antecipada de sapatos usados pelas classes mais altas. A maior parte das pessoas do Egito antigo andava descalças.

                           Sapato

Durante a idade média surge um tipo de sapato de solado de madeira, considerado o verdadeiro precursor do salto alto que eram usados tanto por homens quanto por mulheres. Em seguida, os sapatos plataformas (“chopines”) surgem (criados na Turquia), por volta de 1400, espalhou-se por toda a Europa e passou a ser usado apenas pelas mulheres. Os venezianos transformaram esse sapato, dando-lhe mais riqueza e luxo, tanto em seu material, quanto no seu uso. Em alguns outros países, esse tipo de sapato era usado por concubinas e odaliscas para evitar que escapassem do harém. Os elementos de dominação já estavam assinalados nos pés dessas mulheres.

Por volta de 1500, os sapatos começam a ser feitos em duas partes, uma superior flexível unida com uma sola mais pesada e dura. Esses sapatos ganham popularidade durante essa época por cavaleiros, tanto homens quanto mulheres, que os usavam para equitação. Em seguida, o salto simples para equitação deu lugar a saltos mais finos nessa mesma época, tornando-os mais elegantes. O salto como moda é atribuído a Catarina Médici que tinha cerca de 14 anos e uniu-se com um poderoso duque de Orleães, depois rei da França. Médici possuía uma baixa estatura com relação ao duque e se sentia insegura, passando a usar sapatos feitos por um artesão italiano com saltos que a deixavam mais alta. O seu salto virou um sucesso. O sapato virou moda na aristocracia francesa e passou a figurar uma marca de privilégio social. No início dos anos 1700, o rei da França, Luis XIV adotou também em suas vestimentas e decretou que só a alta nobreza podiam usar salto.


                       




No final do século XIX e início do século XX o salto se populariza e aparecem também sapatos mais confortáveis. As estrelas hollywoodianas contribuíram para dar a fama e mais elegância aos sapatos de salto alto.

No pós-guerra, em 1950, com a revitalização da moda, Christian Dior e o designer Roger Vivier desenvolvem o salto agulha (ou estilete / “stiletto”), que tinha parecia uma lâmina composta por uma estrutura de ferro.
Já na atualidade, há uma infinidade de modelos, saltos e design. Existe até alguns muito estranhos! A moda permite que o consumidor faça uma variedade de combinações e deixe tudo ao seu gosto! O que fica é que em todas as épocas, o salto alto deixa a mulher elegante, imponente e sensual!


Marilyn Monroe, conhecida por se equilibrar em saltos altíssimos, sempre declarou que as mulheres deveriam agradecer a quem inventou os saltos altos. Mas essa idolatria pelos "high heels" não nasceu nos anos 50. A procura por saltos perfeitos tem atravessado séculos. 

O formato estileto ou agulha, preferido da estrela e um dos responsáveis pelo seu sucesso como símbolo sensual, é um desenho novo se lembrarmos que os mais antigos saltos, descobertos em tombas egípcias, datam de 1.000 a.C. 
A associação com o sensual talvez venha do fato das cortesãs japonesas que usavam tamancos com quase trinta centímetros de altura. 
Os historiadores também acreditam que as prostitutas na Roma antiga se distinguiam das outras mulheres calçando saltos altíssimos. 
No teatro grego, serviam para mostrar a graduação social dos personagens. Quanto mais altos, mais importante era a figura. 


                              



Tipos de saltos 

Sabrina




Popularizados no início dos anos 60 nos pés de Audrey Hepburn no filme Sabrina, acabou associado a refinamento. Não deve passar dos cinco centímetros de altura, deve ser fino e ter o cabedal delicado.

Altura perfeita para calças de todas as alturas (inclusive as curtas e shorts), vestidos, saias curtas, Chanel e midi.

             



Princesa
Salto elegante e levemente mais grosso (de quatro até sete centímetros), confortável e adequado para o trabalho.

Veste bem com comprimento Chanel, midi e calças convencionais. 

                        

Estaca, Anabela ou Plataforma baixa



Saltos sólidos e não muito altos e que possibilitam muito conforto. 

Ideais para o trabalho, calças convencionais e vestidos ou saias mais longas. 

                              


Stiletto ou Agulha

É o mais fino e sexy de todos os saltos, pode ter alturas de até nove centímetros. É mesmo prejudicial à saúde dos pés, mas está sempre na moda. 

Permitido para calças longas, curtas e shorts, micros e mini comprimentos e também Chanel e midi, dia e noite. 
Use em momentos em que não pretenda permanecer muito tempo em pé. 
O estilista de calçados Manolo Blahnik é considerado o rei do salto estileto. 
                             

                             



Sensível



O salto alto tradicional com formato robusto e altura que não ultrapassa os cinco centímetros. 

Coordena bem com calças, tailleurs e saias em comprimentos tradicionais. Ideal no trabalho e passeio, pois cansa menos. 

                                   

Louis XV ou Carretel



Popularizados pelos monarcas da França, este salto não ultrapassa os quatro centímetros e a forma lembra um carretel. Porém, esse tipo de salto grosso que se afina no meio, sugerindo a forma de uma ampulheta, só foi ficar famoso mesmo no reinado seguinte, quando passou a ser utilizado, também, por mulheres tornando-se uma das maiores tendências da moda. Tendência que perdura até hoje; logo, não tenha medo de usar, afinal, sapatos de salto Luís XV, pois eles são dignos da aristocracia!

Com altos e baixos na moda, encaixa bem com sapatos estilos masculinos ou mules. 
A altura é ideal para calças, vestidos e saias longas, mini e shorts. 


                          Salto Alto

                         
                                   
Curiosidades sobre os calçados 

• No século XIV, os sapatos ingleses ficaram tão pontudos que se tornaram um perigo, fazendo o rei Eduardo III baixar um decreto limitando os bicos a no máximo cinco centímetros de ponta. Ignorando a lei, os sapatos no país chegaram a ostentar até 50 cm de comprimento. Para andar, era preciso prendê-los à cintura com cordão de seda.


• Na França, no século XVI, os sapatos ficaram tão estreitos que para calçá-los os pés precisavam ficar mergulhos por uma hora em água gelada. 

• Na China, o culto aos pés exigia o uso de sapatos de no máximo 15 cm. Para calçá-los, as mulheres tinham os pés praticamente amassados, enfaixados em um cilindro para não crescerem. 

• Em Veneza, por volta de 1600, as plataformas ficaram tão altas que quem usasse precisava de criados para se movimentar.


                         

                       
                              


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